ISBN 978-85-7740-125-3
2012, 1ª edição, 120 p., 16 x 23 cm
DESCRIÇÃO
Apoiado em cuidados etnografia, que mutio se beneficia das extensas e íntimas experiências de seu autor, este trabalho desenvolve uma narrativa apaixonante, sem precedentes na antropologia brasileira. Muito mais do que um estudo sobre a escola indígena, este livro nos propicia uma etnografia densa e compreensiva sobre a família e a organização social dos Avá Kaiowá. Ao invés de nos propor um modelo único do que seja (ou deva ser) o Avá Kaiowá, o autor aponta uma alternativa analítica que contempla a variação, apresentando-nos ao "modo de ser múltiplo" (Ava kuera reko reta).
Já no ato de partida, precisamos afastar-nos das velhas chaves analíticas sobre a situação e a observação etnográfica. É o caso do tropos das "viagens", bem como de imagnes só aparentemente claras e unívocas (como "nós" e "os outros"), que se revelam mais frequentemente como verdadeiros obstáculos ao conhecimento. Que esta narrativa possa, então, instigar-nos a refletir de maneira mais crítica sobre os novos horizontes teóricos e epistemológicos que se abrem ao exercício contemporâneo da etnografia.
É uma circunstância feliz que este trabalho venha a iniciar a coleção Os Primeiros Brasileiros, que já por seu título e inspiração chama atenção para a umbilical conexão entre a produção de conhecimentos sobre os povos indígenas e a reafirmação de seus direitos fundamentais. — João Pacheco de Oliveira
Tonico Benites
Indígena Ava Kaiowá, nascido na aldeia de Sassoró-Tacuru, no Mato Grosso do Sul. Em 2000, terminou o ensino médio em Dourados. De 2001 a 2004, realizou sua graduação em Pedagogia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Tornou-se mestre mestre (2009) e doutor (2014) em Antropologia Social pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem desempenhado importante papel como tradutor de processos judiciais, assistente em perícias antropológicas e assessor de políticas culturais e educacionais, bem como pesquisado e participado ativamente da Aty Guasu, grande mobilização dos Ava Kaiowá e Nandevá do Mato Grosso do Sul em defesa de seus direitos.
A Contra Capa, fundada como livraria em 1992, iniciou suas atividades editoriais em dezembro de 1995. Essas atividades, baseadas inicialmente em suas áreas de especialização, se diversificaram e, hoje, incluem a edição de livros de arquitetura, artes plásticas, cinema, ciências humanas, crítica literária, filosofia, fotografia, história, literatura, poesia, psicanálise e teatro.
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade