Florbela Espanca: | laços de amor e dor || Eliana L. dos Santos Barros

Coedição Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro
Coleção Janus, n. 10
ISBN 978-85-7740-173-4
2014, 1ª edição, 112 p., 16 x 23 cm

DESCRIÇÃO:

Eliana Luiza Barros sintoniza recortes fundamentais da clínica psicanalítica contemporânea com pontos nevrálgicos da poesia de Florbela Espanca: a dor de existir, o empuxo à morte, a necessidade visceral de pôr palavras onde elas faltam. A poesia de Florbela surge então atual e universal, tratando de um mundo em que os enigmas da vida requerem continuamente que o ser humano erga sua força de vida contra a morte que a esvazia de sentido e, paradoxalmente, dá sentido a ela. — Marco Antonio Coutinho Jorge.

A inquietude de estar no mundo é o mote deste trabalho que nos apresenta a trajetória da poetisa portuguesa Florbela Espanca, por meio de fragmentos seletos de sua obra que bem expressam a complexidade do jogo entre amor e dor na existência humana. Eliana Luiza Barros, enquanto “passageira da voz alheia”, convida-nos a um belo trajeto, no qual conjuga seus achados literários com reflexões psicanalíticas acerca das funções da escrita, da paixão e do gozo, inspirada pela indicação de Freud de que a arte e os artistas têm muito a ensinar à psicanálise e pela contribuição de Lacan de que o fio da escrita, se não chega a amarrar o inominável, pode ao menos tensioná-lo, de modo a fazê-lo ressoar poeticamente. Bom desfrute! — Denise Maurano

A maneira como se leem os textos literários, a partir de métodos coesos e arrojados, é, efetivamente, o que distingue e qualifica os críticos e estudiosos de um(a) determinado(a) autor(a) e sua obra. Por isso mesmo, o presente trabalho de Eliana Luiza Barros se destaca na fortuna crítica florbeliana: a sensibilidade e a destreza no tratamento que se faz à escrita poética de Florbela, sob o prisma da psicanálise freudiana e lacaniana, focando temáticas aparentemente recorrentes na poesia da autora, como o amor e a dor, resvalam-se numa metodologia eficaz, desvendando-nos um tal “gozo mortífero” florbeliano como uma possível chave de leitura e um convite a ler esta obra. — Fabio Mario da Silva

Eliana Luiza dos Santos Barros

Psicóloga clínica e psicanalista, associada ao Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro. Mestre em Literatura Portuguesa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), integra o grupo de pesquisa “Figurações do Feminino: Florbela Espanca et alii.” (CNPq).