Coleção Janus, n. 2
ISBN 978-85-7740-277-9
2018, 2ª edição, 296 p., 16 x 23 cm
DESCRIÇÃO:
Quando alguém fala a um psicanalista confessa ou confia o seu sofrimento? Este, ao escutar aquele que lhe dirige a palavra, deve lembrar ou esquecer o que aprendeu em sua análise? A capacidade de redescobrir a própria fala se mantém ou se perde ao longo da vida?
Questões como estas, supostamente anódinas diante do sofrimento humano, não só permitem o estabelecimento de pontos de referência fundamentais para a formação do psicanalista, como também contribuem para que esta mantenha seu caráter permanente, pois, retomadas à luz dos efeitos clínicos, não deixam que a escuta se acomode ao que já se sabe e não bastam para que a experiência analítica encontre seu termo.
O modo como um psicanalista se forma, estruturado ainda hoje segundo o tripé análise pessoal, ensino teórico e supervisão clínica, tem dois pontos de inflexão fundamentais: a suposta iminência da morte de Freud após ter descoberto o câncer que lhe retiraria a vida e a ação de Lacan sobre o legado freudiano e seus desdobramentos. Sem a análise desses pontos, a repetição estandartizada da prática clínica parece ganhar autonomia e se desvincular das questões humanas que continuam a fazer com que as pessoas procurem um psicanalista.
Os textos aqui reunidos mapeiam a história e a estrutura da formação do psicanalista, bem como demarcam as principais balizas da análise, do ensino e da supervisão relacionados a ela. Seu conjunto certamente é referência fundamental para o tema e deve interessar tanto a quem fala quanto a quem escuta palavras que, transferidas, deixam de ser o que pareciam e se põem a nos transformar.
Textos de
Alain Didier-Weill | Ana Vicentini de Azevedo | Catherine Millot | Claude Dumézil | Denise Maurano | Elisabeth Roudinesco | Jean Charmoille | Jean-Michel Vivès | Laéria B. Fontenele | Lucia Maria de Freitas Perez | Marco Antonio Coutinho Jorge | Moustapha Safouan | Nadiá Paulo Ferreira | Ona Nierenberg | Paola Mieli | Philippe Julien | Sonia Leite | Tania Rivera | Teresinha Costa
Sumário ¯ Introdução ¯
A Contra Capa, fundada como livraria em 1992, iniciou suas atividades editoriais em dezembro de 1995. Essas atividades, baseadas inicialmente em suas áreas de especialização, se diversificaram e, hoje, incluem a edição de livros de arquitetura, artes plásticas, cinema, ciências humanas, crítica literária, filosofia, fotografia, história, literatura, poesia, psicanálise e teatro.
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