Dispositivos de registro na arte contemporânea || Luiz Cláudio da Costa [org.]

Código: 9788577400591
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Prefácio de Glória Ferreira
Coedição Faperj
ISBN 978-85-7740-059-1
2009, 1ª edição, 256 p., ilustrado a cores, 16 x 23 cm


DESCRIÇÃO:

Essa possibilidade de tudo registrar, que hoje se testemunha com a profusão de camerazinhas, pode para muitos equivaler ao lado infernal do mundo que incessantemente se transmuda em imagens. O que fica patente aí é o aspecto desmesurado e alienante que se vai verificando entre o convívio da imagens e o que se pode de fato viver. Os nossos sentidos não costumavam captar nada disso até há pouco tempo. Outra experiência do disposito se alastrou. Se com o O homem da câmera (1920) Dziga Vertov e os kinoks deixaram clara sua proposta, a bravura de preferir – em vez de filmar ficções "artísticas" – dotar a sociedade de um instrumento de emancipação, ele não podia antever o quadro atual. Como na oferta do em-vez-de-peixe-a-vara-de-pescar, sua utopia soviética do Cine-Olho teria na câmera uma prodigiosa extensão do corpo humano; humano pensado na plenitude que se vislumbra com a liberação revolucionária da exploração de classe. Emancipada do jugo burguês a técnica poderia finalmente cumprir o seu desígnio verdadeiramente humano.

O viés quixotesco deste gesto bolchevique, que já se esboçava numa simultaneidade com os inícios da política stalinista, pode hoje ganhar proporções de um legitimado escrutínio da história. Os grilhões do Mercado engendraram o porvir da técnica nos moldes que hoje vivenciamos na sociedade do espetáculo, em soberbo viço e derrisão. A própria arte foi na sua cotidiana intenção revolucionária construindo um crescente entrelaçamento com a câmera, como bem atesta o formidável painel oferecido por este livro.

Se o artista plástico tenta usar a câmera de modo diferente do cineasta e do fotógrafo, por mérito seu ou até dever, sentimos por vezes uma dívida mal reconhecida dele diante dos últimos: parece-nos, para o cinéfilo sobretudo, como se o artista devesse dialogar mais de perto com estes especialistas da câmera, ou incorporar melhor seu legado. Às vezes não, oscilamos e vemos que é possível divisar com nitidez nessa recusa de perspectiva do artista a condição para o surgimento da diferença, uma capacidade de produzir algo deseducado do métier virando fonte de invenção do novo uso da câmera. Talvez a educação libertária dos sentidos, tão necessária hoje, já não se possa mais fazer sem a ajuda da arte. Rubens Machado Jr.

 

Textos de

André Parente | Daniela Mattos | Hélio Fervenza | José da Costa | Katia Maciel | Luiz Cláudio da Costa | Philippe Dubois | Raymond Bellour | Renato Rodrigues da Silva | Roberto Conduru | Sheila Cabo Geraldo | Stella Senra

 

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