Coleção Clássicos Bacamarte, n. 1
ISBN 85-86011-67-3
2003, 1ª edição, 112 p., 16 x 23 cm
DESCRIÇÃO
O volume reúne sete aulas de Charcot no hospicio da Salpêtrière, seu livro A fé que cura e dois capítulos de Os demoníacos na arte, escrito com Paul Richet em 1877.
Mostram-se assim ao leitor não só a firmeza, a vivacidade e o humor de suas apresentações de doentes, como também seu esforço em sistematizar e ordenar as manifestações da excessiva e surpreendente teatralidade do corpo histérico, até então consideradas variações de ataques epilépticos ou simples simulações que não faziam jus às considerações médicas e científicas da época.
Os textos de Charcot ora compilados sugerem diversas passagens para os caminhos trilhados por seu aluno Sigmund Freud no nascimento da psicanálise. Em particular, a beleza da verdade em jogo no sintoma histérico, mesmo quando feito de mentira, e a recomendação de tomar as coisas da clínica como elas são, acima de toda e qualquer perspectiva teórica.
Jean-Martin Charcot
Um dos mais ilustres médicos franceses do fim do século XIX (Paris, 1825 – Lac des Settons, 1893), foi nomeado médico-chefe do pavilhão de idosas do hospício da Salpêtrière em 1862. Tornou-se membro da Academia de Medicina em 1873 e da Academia de Ciências dez anos depois. Brilhante conferencista e excelente escritor, publicou Lições clínicas sobre as doenças dos velhos e as doenças crônicas em 1874. A partir de 1878, dedicou-se ao estudo da histeria e do hipnotismo. Suas aulas e suas apresentações de doentes atraíram alunos de todo o mundo, dos quais o mais importante foi Sigmund Freud. Em 1882, a Faculdade de Medicina de Paris criou e destinou a ele a cátedra "Clínica das Doenças do Sistema Nervoso", primeira do gênero no mundo. Nos anos seguintes, foram publicados os volumes de Lições de terça-feira na Salpêtrière e Lições sobre as doenças do sistema nervoso. Escreveu ainda com Paul Richet Os demoníacos na arte (1887) e Os disformes e os doentes na arte (1889).
A Contra Capa, fundada como livraria em 1992, iniciou suas atividades editoriais em dezembro de 1995. Essas atividades, baseadas inicialmente em suas áreas de especialização, se diversificaram e, hoje, incluem a edição de livros de arquitetura, artes plásticas, cinema, ciências humanas, crítica literária, filosofia, fotografia, história, literatura, poesia, psicanálise e teatro.
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